Eiii
pessoal! Tudo bem com vocês?
Animados
para a Bienal? Quem aí já foi nos primeiros dias? Quem ainda vai? Eu não caibo
em mim de emoção e expectativa. Estou me sentindo como uma criança do ensino
fundamental, às vésperas de uma excursão de escola.
Apesar de
não ser a primeira Bienal do livro a que eu vou, este ano vai ser o primeiro em
que eu vou com credencial de autora (!!!!!), e o primeiro em que eu conheço
alguns dos autores nacionais, e outros cujos livros eu já resenhei. Vai ter Bruna
Fontes, Raffa Fustagno, Frini Georgakopoulos, e também Jenny Han (lembra da
série “Para os garotos que eu já amei?).
Esta também vai ser a primeira Bienal a que eu vou para ver mais os eventos do que comprar os livros. Tem vários bate-papos que estou louca para ver. Mas claro, vai ter livrinho novo para ler e resenhar aqui. Alguns não tem como resenhar, como séries. Procuro não resenhar séries, porque é impossível não dar spoilers dos livros anteriores. É por isso que nunca falei sobre Harry Potter e/ou os livros da Paula Pimenta.
Por falar
em livros, já foram conferir o Dramalhama na Amazon? Para os que tem ebooks, ou
apenas o aplicativo, o meu primeiro livro está na Amazon, junto com alguns
contos meus. É em parte por isso que eu irei com credencial.
Porém,
contrariando a tendência da semana, hoje eu falarei sobre um filme que acabei
de assistir.
“O filme da
minha vida” me surpreendeu em vários aspectos. Eu já estava querendo ver o
filme por ter sido escrito e dirigido por Selton Mello. O elenco também
prometia muito: Vincent Cassel, Bruna Linzmeyer, Jonny Massaro e o próprio
Selton Mello, são nomes de peso. Principalmente Vincent Cassel, um dos meus
maiores crushes do cinema, desde o “Cisne Negro”. E ele fala português, com um
sotaque lindo.
Confiram o trailer oficial:
A história
se passa em meados dos anos 60, na época das lambretas, das máquinas
fotográficas estilo leica ou lomo, dos trens a vapor e filmes preto e branco de
John Wayne.
A obra de
Selton Mello conta a história de Tony, um rapaz de uns vinte anos, que mora em
uma cidade pequena chamada Remanso, na serra Gaucha. Tony conta que viu o pai,
um francês chamado Nicolas, desaparecer da sua vida, sem explicações, no mesmo
dia em que voltou da capital. No mesmo vagão em que Tony chegara.
Desde
então, Tony mora com a mãe, dá aulas de francês na cidade local, gosta de ir ao
cinema, hobby herdado do pai, e passa o tempo com Luna, uma amiga por quem
sente uma forte atração, mas com quem nunca consumou nenhum tipo de relação.
Selton
Mello é Paco, um dos melhores amigos de Nicolas, que continuou presente na vida
de Tony, com quem ele conversa e em quem confia, já que sempre frequentou a sua
casa. Tony vive perguntando para Paco sobre o seu pai, mas o outro o aconselha
a esquecê-lo, em vão. Tony sonha com o dia em que o reencontrará, e vive
escrevendo cartas, para as quais nunca recebe respostas. Sempre lembrando do papel que o pai desempenhou na narrativa de sua vida.
Mas a verdade sempre aparece.
Um tema
recorrente é conhecer o mundo, um desejo comum pra quem mora em cidades
pequenas, ainda mais quando as viagens eram lentas, e feitas em trens a vapor. No início da história, sabemos que Nícolas voltou para a França. Alguns personagens conheceram o mundo pessoalmente, outros, por meio de mapas ou de globos terrestres.
O trem, bem como a velocidade com que transporta as pessoas, e o tempo, são outros elementos. Existe a contraposição da bicicleta e da moto. Nicolas ensina o filho a andar de bicicleta e o leva na garupa de sua moto as vezes. Em um dado momento, Nicolas fala para o filho que, quando crescer, Tony poderá andar de moto. Quando merecer. Ao perguntar se ele acha que está pronto, o menino diz que não. A moto aqui fica sendo o símbolo do amadurecimento. E ao longo do filme inteiro, até o final, o rapaz não toca na moto.
Eu nunca
falo da fotografia dos filmes, porque parece que eu estou apenas avaliando os
aspectos técnicos, como se o diretor tivesse meramente feito seu dever de casa.
Como se fôssemos obrigados a gostar de um filme, por ser “de marca”. Por
exemplo, eu não sou muito fã de alguns trabalhos de cineastas/diretores
consagrados, porque não acho que eu deva gostar só pra posar de intelectual. Com
este filme é diferente.
Aqui, a
fotografia ajuda a contar a história. O interessante é isso. O diretor aproxima
o filme do espectador o suficiente para ele se sentir satisfeito de estar assistindo
um filme interessante do ponto de vista cultural, sem que alguém o explique o
que o diretor quis fazer naquela cena ou com aquela fala.
É como se o
diretor fosse o próprio Tony, ao montar a sua própria narrativa, com a ajuda de Luna, uma exímia fotógrafa. Ele é fã de
filmes. Vai à cidade vizinha só para ver os filmes que estão passando. É um filme rico em metalinguagem.
A trilha
sonora é composta de clássicos franceses, que remetem à memória afetiva do
personagem principal. Fiquei feliz de ter feito aulas de francês na faculdade,
porque as músicas eram as mesmas.
Não posso
falar mais do que isso, para não estragar a experiência.
Com isso,
eu me despeço por hoje. Tenho uma bienal cheia de livros para me perder.
Beijos da
Lari
Acho o Selton um excelente artista,escritor, ele é super completo. Não sou fã de filme brasileiro confesso, mas me anima quando tem o dedo dele nas produções rsrs
ResponderExcluirO filme parece bacana, a história bem montada, gostei da dica acho que vou dar uma chance pra esse filme. bjs
Quebom que gpstou da resenha!!! Bjoz
ExcluirQue legal não conhecia o filme mais me parece ser muito bom vou procurar assisti a sua resenha ficou maravilhosa
ResponderExcluirObrigada!!! bjinhos!
ExcluirAlice é muito bom quando assistimos um filme e o filme nos surpreende, ainda não assisti o filme mas já ouvi falar dele. Selton Mello além de ser um ótimo ator é também um grande diretor, escritor, que bom ver que tem filmes bons nacional como esse bjs.
ResponderExcluirAqui é a Lari, td bem? Concordo contigo. Selton Mello eh Mara!
ExcluirAs imagens do filme realmente estão maravilhosas...ainda não conhecia esse filme mas parece ser uma história excelente...obrigada pela dica bjs
ResponderExcluirOi lari, tudo bem? Super mega curiosa com esse filme, dizem ser uma dos melhores nacionais desse ano, assim como Bingo! Quero muito assistir e que bom que vc curtiu! Parece ser lindo mesmo!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi tudo bem?
ResponderExcluirDiferente de você eu não vou para a bienal esse ano mas boa bienal para você <3 Vou te confessar que tenho um pouco de preconceito com filmes brasileiros porque sempre que a história é boa eles avacalham com o final hahaha, mas gostei da premissa desse e fiquei curiosa para ser surpreendida assim como você.
Beijos
Este ano.o cinema brasileiro esta cheio de filmes legais
ExcluirOlha não conhecia esse filme, pela sua resenha fiquei curiosa para assistir! Gosto bastante do Selton Melo acho ele um ótimo ator e como diretor também! Vou tirar um tempo e assistir! Vale a dica. Abraços
ResponderExcluirBoa tarde, como vai? Confesso que ainda nao conhecia esse filme, mas achei super interessante a história dele e a sua resenha foi bem completa e eu ja fiquei mais encantada ainda e louca para assistir, e como temos um feriado aó perto, ja anotei aqui para assistir, beijos
ResponderExcluirEstou doida para ir a Bienal aqui no Rio! Eu amei o post, você escreve muito bem, consegue nos teletransportar para a história e nos instiga a assistir o filme. Não conhecia direito, apenas ouvi falar, mas agora com certeza vou separar um momentinho para assistir com pipoquinha.
ResponderExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirEstou louca para assistir esse filme, já vi praticamente todos os trailers possíveis e vou ao cinema assim que sobrar uma graninha.
Mas olha só, eu estava aguardando alguma resenha sobre ele e logo quem vem falar sobre? A Lari. ♥
ResponderExcluirBati o olho no trailer de O Filme da Minha Vida — aaaacho, não me recordo muito porque né, vivo enfiada no cinema — por acaso quando fui ver Annabelle 2 (perda de tempo inclusive, certeza que IT vai ser bem melhor) e logo coloquei na lista, a premissa dele mesclada com a fotografia, trilha sonora, diálogo e a paleta de cores vintage dele ficou impregnada na minha mente. Confesso que quando mais jovem eu torcia o nariz para os filmes brasileiros mas depois que a gente vai crescendo, vai aprendendo a dar valor ao produto feito aqui sabe? Claro que muito disso mudou quando ingressei na faculdade, passei a ler a escrita brasileira e a ingerir filmes nacionais, só então peguei amores. E se for drama então? AMO. Nem parece que fico enfiada em horror/terror falando assim né, haha. Mas é só minha alma cinéfila falando mais alto. Estou pretendo ir ver ele amanhã na Cinemark do Shopping D aqui em Sampa, se tudo der certo vai ser mais uma apaixonada pelo filme como você. E boa Bienal como autora para ti, tu merece. Beijão.
Oi Priii Entao, eu to louca pra ver It tbm. E concordo contigo qto aos filmes nacionais, de drama e romantico. Mas qto as comedias, dificilmente eu gosto. Que bom que gostou da resenha!!! Bjosss
Excluirsó atores bons né que tem no filme. eu nao conhecia o filme conheci aqui mais com a sua resenha eu gostei muito da historia e envolve uma coisa que amo muito que é fotografia
ResponderExcluirBLOG♥ Coisas da Vida
O filme da minha vida é uma adaptação romântica, falei com o meu marido um dia sobre esse filme, não posso esperar para assistir a esse filme, e você vem com essa maravilhosa resenha tirou parte da minha curiosidade, amei saber viu ? beijo.
ResponderExcluirObrigada. É que eu amei mesmo, e assim fica facil falar dp filme neh?
ExcluirOi, tudo bem? Nunca tinha ouvido falar sobre esse filme, mas pelo jeito deve ser muito bom. Eu gosto bastante de filmes que são dessa época dos anos 60, além da trilha sonora (se for da época também, melhor ainda). Já quero assistir ♥
ResponderExcluirOI! Eu assistiu ao filme e gostei muito, até superou as minhas expectativas!
ResponderExcluirhttps://cinthiailustra.blogspot.com.br/