Oi
genteeeeee. Larissa falando aqui.
O livro
sobre o qual eu falarei é o “À procura de Audrey”, de Sophie Kinsella.
Se você
acha que já ouviu esse nome antes, é porque possivelmente já ouviu. Sophie
Kinsella é a autora do maravilhindo “Os delírios de consumo de Becky Bloom”,
também conhecido como “Não consegui parar de rir até terminar de ler.
Em seu primeiro romance direcionado para o público jovem, a autora britânica conta a história de Audrey, uma adolescente que, devido a problemas que vinha enfrentando na escola, inclusive bullying pesado, desenvolve transtorno de ansiedade generalizada e social. O resultado disso é que ela sai da escola, não sai mais de casa sozinha, só vai para alguns lugares, e mesmo assim usando óculos escuros. As situações mais corriqueiras podem desencadear uma crise. Consequentemente, as rotinas dos moradores de sua casa foram alteradas. Ninguém pode receber visitas, sem dias de preparo prévio, e a própria Audrey não vê ninguém da escola desde o incidente que fez com que fosse parar no hospital psiquiátrico.
Até o
momento em que Linus, colega do seu irmão mais velho, aparece em sua casa, no
melhor nível “entra na minha casa, entra na minha vida, mexe com minha
estrutura”. Aos poucos, o menino com sorriso de gomo de tangerina vai
desafiando a garota a cumprir as suas metas e procurar voltar a ser quem ela era
antes.
Quando
Linus aparece, a Audrey já estava fazendo terapia, além de tomar remédios para
aplacar a ansiedade severa. Inclusive, é a terapeuta que lhe dá, como dever de
casa, a tarefa de fazer um documentário, a fim de buscar uma interação com o
mundo exterior, mesmo que por trás de uma lente.
Sophie
Kinsella tem uma sensibilidade aguçada para lidar com assuntos jovens. O
romance não pesa para o lado do sofrimento adolescente, apesar de não fugir do
assunto, nem romanceá-lo.
A história
começa no período entre a crise de Audrey e o preparo para voltar às aulas no
ano letivo seguinte. Em meio a uma crise de família, devido ao medo que a mãe
da Audrey tem de que o filho desenvolva algo parecido, por passar muito tempo em
frente à tela de computador.
A narrativa
é alternada entre texto corrido e formado de roteiro, quando Audrey está
filmando algo.
Sei que a
abordagem de problemas psicológicos em livros e filmes adolescentes tem se
tornado cada vez mais comum, mas “À procura de Audrey” bem como a sua protagonista,
conseguem não ser mais do mesmo.
Os
personagens são bem construídos, o que faz com que torçamos por eles. A
interação entre Audrey e a psicóloga foram alguns dos meus momentos preferidos.
Adorei também que o personagem fofo que aparece para mudar a história de Audrey
para melhor não preenche (totalmente) o estereótipo do equivalente à manic
pixie dream girl. Bom, talvez um pouco, mas não a ponto de incomodar. E mesmo
quando ele não está presente, Audrey ainda fala de outros assuntos com seus
familiares.
O que eu
mais gostei, de verdade, foi o fato de a vida da família dela, embora tenha
sido afetada pelos acontecimentos recentes, não gira completamente em torno
dela também. Kinsella mostra uma relação de causa e efeito, de reação em
cadeia, no sentido que todos foram afetados direta ou indiretamente pelo
sofrimento da personagem principal, mas mesmo assim tem suas próprias vidas.
Dava pra
ver as cenas acontecendo como em um filme de comédia. Eu via o irmão revirando
os olhos, a mãe com seus acessos de raiva. O pai com as roupas de roqueiro
decadente. Os filmes caseiros de Audrey. E a aproximação da Audrey e do Linus, em meio a apelidos fofos.
Porém, o
mais forte foi o que não aparecia na comédia. Charles Chaplin era mestre em
retratar o sofrimento fazendo o público gargalhar. Palhaços são figuras tristes
que fazem o público rir com o seu sofrimento. Da mesma forma, em um livro tão
engraçado, eram as cenas em que Audrey conversa com a terapeuta, o
desenvolvimento da sua fala, e a angústia por querer melhorar, bem como as
escolhas que ela faz nesse sentido, boas ou más, que ressonaram diretamente
comigo, e me emocionaram.
Outras mídias
tiveram o mesmo efeito. As cenas do Ricky Underwood em “A vida secreta da
adolescente”, ou o filme “O lado bom da vida”, mostravam o sofrimento de ver
que, no caminho para a melhora, muitas vezes se dá um passo para a frente, dois
para trás. Dois para a frente, um para trás, em um gráfico que, mesmo quando
documenta uma melhora, apresentará oscilações. Mas tenta entender isso quando você
tem 14 anos, e é impaciente como qualquer pessoa da sua idade. Aliás, de
qualquer idade. A tentação de mentir para o terapeuta, de omitir fatos para
apresentar um quadro mais favorável do que a realidade, é grande, mas o custo é
tão grande quanto.
Gostei do
fato de, ao fim do livro, os problemas não terem sido resolvidos magicamente,
porque a vida não é assim. De modo que, ao mesmo tempo em que lemos um livro fofo,
leve, ele não peca pela falta de verossimilhança.
Tenho um
grande fraco por livros que tratam de questões psicológicas, e recomendaria
para qualquer idade.
Beijos da
Lari
Ficha
Técnica:
Título: À
procura de Audrey
Gênero:
Romance adolescente
Número de
páginas: 336
Editora:
Galera Record
Cara sério, não sou fã de leitura, mas é cada resenha que aparece pra ler que eu começo a ler e me prende e é tipo preciso comprar e ver como termina, então, acho que aos poucos to começando a gostar disso! parabéns, gostei.
ResponderExcluirObrigada!!!! Bjossss
Excluirlaryrumiantzeff.wordpress.com
Aforei sua resenha, já conhecia essa autora por causa dos livros da Becky Bloom rs. Fiquei super curiosa para ler esse tbm. Bjs!
ResponderExcluirVale mtoooo a pena. Bjosss
Excluirhttps://laryrumiantzeff.wordpress.com/
adoro livros leves e divertidos... para nos tirar das complicações do dia a dia!
ResponderExcluirEle eh bem divertido. Bjosss
ExcluirAdorei sua resenha, fiquei curiosa para ler esse livro, não conhecia a autora mas tô com vontade.
ResponderExcluirVou procurar pra começar a ler
Vale a pena
ExcluirBjossss
Não li o livro sobre "Os delírios de consumo de Becky Bloom", mas assisti ao filme e gostei muito. Me interessei por ser a mesma autora. Tomara que tenha um filme também!
ResponderExcluirBjo.
Aaaah o livro eh mtooo melhor do que o filme. Nem gostei tanto do filme, pq cortou partes q eu achava importabtes kkkk
ExcluirUm filme desse livro seria bem legal.
Bjkssss
https://laryrumiantzeff.wordpress.com/
Livros voltado para os adolescentes são sempre bom, pois o livro fala de assunto que nos dias de hoje vem acontecendo muito nas escolas o bullying.A história da Audrey com certeza vai se identificar com alguns adolescentes. Ótima a escrita da Sophie Kinsella, Larissa bjs.
ResponderExcluirEntão, o legal é que nesse livro o foco Não é o bullying. N está acontecendo nada. Só.é mencionado como causa do que aconteceu com a Audrey. bjosss
Excluirhttps://laryrumiantzeff.wordpress.com/
Oiii Lari e Alice
ResponderExcluirAchei a resenha super bem escrita, não sabia exatamente o que esperar desse livro porque é a primeira incursão da Kinsella no gênero YA se não me engano, mas fico feliz de saber que o livro cumpre com as expectativas. Fica anotado.
Beijos
aliceandthebooks.blogspot.com
Mais do que cumpre. achei de uma delicadeza e sensibilidade imensas.
Excluirbjos da Lari
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Oi Lary!! Tudo bem?
ResponderExcluirAMO Becky Bloom...Já tentei ler a série completa algumas vezes mas não consegui...pela sua resenha esse livro deve ser muito bom também, embora tenha um lado mais juvenil.Beijos!!
emfluencianoingles.blogspot.com
São registros diferentes, mas ela mostrou que domina bem. Bjosss
Excluirhttps://laryrumiantzeff.wordpress.com/
oi
ResponderExcluirGostei da resenha, não conhecia essa autora. O livro parece ser muito bom, já coloquei na minha lista de leitura.
bjo
Eu já li esse livro e não gostei muito não. Achei que o final não atendeu às expectativas criadas ao longo da leitura. Mas que bom que funcionou para você!
ResponderExcluirBeijos
Mari
www.pequenosretalhos.com
Todo mundo me fala mil maravilhas desse livro e sua resenha só meu deu mais vontade de lê-lo! Me apaixonei pela Sophia quando li "fiquei com seu número" e quero ler todos os seus livros! Haha
ResponderExcluirEu gosto mto do estilo de escrita dela. bjossss
ExcluirJá notei que esse livro divide opiniões, algumas colegaram leram e não gostaram dele, já outras pessoas falam que ele é bom.
ResponderExcluirO legal do livro é Kinsella abordar a ansiedade no livro e como isso afeta a vida de um ansioso.
Beijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog / Facebook In The Sky
N só um ansioso. A Ansiedade da qual Audrey sofre é daquela que precisa de remedinhos, Nivel fobia que n da nem pra sair na rua. eu sou mto ansiosa, tipo, nivel de terapia. Mas cumprir com as minhas obrigações não me dá crises. E a Sophie Kinsella consegue desenhar a audrey como se o transtorno n a limitasse.
ExcluirOie tudo bem?
ResponderExcluirMenina gostei muito da capa e sua resenha está incrível parabéns foi muito bem feita e sem dúvidas vai deixar muitos curiosos assim como me deixou parabéns pelo trabalho, beijos
Oi Lari!! Eu estou lendo O segredo de Emma Corigan da autora e amando, assim que terminar acho que passo pra esse, a Kinsella é sensacional e o livro te um ótimo tema. Adorei sua resenha, bem completa!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Obrigada. Procurarei esse tbm. Parece otimo.
ResponderExcluirlaryrumiantzeff.wordpress.com
Olá,
ResponderExcluirNão conhecia o livro e nem autora
Gostei bastante do tema
Bjos
Vou indicar essa leitura para a minha amiga, ela gosta desse tipo de leitura e sua resenha ficou boa, com certeza ela (minha amiga) vai gostar
ResponderExcluirBjs (•_•)
Acho que esse aí fugiu um pouco do estilo da autora mesmo tendo as cenas cômicas.
ResponderExcluirNo entanto como fã ainda pretendo ler principalmente pra conferir como
funcionou esses acontecimentos envolvendo questões psicológicas na narrativa.
Beijos
Oie, tudo bem? Quando li o nome da autora já pensei no filme, o livro ainda não li. Fiquei encantada com essa capa e o detalhe dela usar óculos preto. Por um segundo cheguei a me ver na personagem devido algumas características em especial. Pela resenha é possível ver o quanto a leitura flui e é gostosa. Concordo com você, na vida real os problemas não se resolvem por mágica rs Dica anotada, lerei em breve. Beijos, Érika =^.^=
ResponderExcluirConfesso que alguns pontos me chamaram atenção: o fato de abordar um assunto tão corriqueiro para muitos jovens e de forma não romantizada, também gostei do fato de terem envolvido um tratamento profissional, que ao meu ver mostra para o jovem que não é vergonha procurar ajuda. E por fim fiquei mega curiosa para ler rs
ResponderExcluirpreciso ler agora esse livro, adoro os livros da autora, ja li os delirios de condumo em 3 versoes e continuaçñoes rs
ResponderExcluirAinda não conheço a escrita da autora, mas já tenho aqui os delírios de consumo e não vejo a hora de ler. Esse também está na minha lista, e, pelo que vi da sua resenha, com certeza irá me agradar tbm.
ResponderExcluirBjim!
Tammy
Adoooro delírios de consumo! Marcou minha vida kkkkk
ResponderExcluirEsse eu fiquei interessada, mas estou com tanta coisa pra ler que esse vai ter que entrar pra fila!
Adoro livros divertidos, e admito que a resenha me deixou curioso! Nao conhecia a escritora, amei e já coloquei na minha lista para ler <3
ResponderExcluirPor incrível que pareça eu n conhecia essa autora.
ResponderExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirEu me identifiquei logo de cara com Audrey. Graças ao bullying sofrido na infância e adolescência eu tenho ansiedade e uma séria dificuldade em interagir socialmente. O que as pessoas acham que é ''brincadeira'' é uma tremenda maldade. ;-; E as consequências são terríveis como o livro mostra.